A
cor do mundo
O ancião descansava, sentado em velho banco à sombra
de uma árvore, quando foi abordado pelo motorista de um automóvel que
estacionou a seu lado:
Bom dia!
Bom dia! Respondeu o ancião.
O senhor mora aqui?
Sim, há muitos anos...
Venho de mudança e gostaria de saber como é o povo
daqui. Como o senhor vive aqui há tanto tempo deve conhecê-lo muito bem.
É verdade,
falou o ancião. Mas, por favor, me fale antes
da cidade de onde vem.
Ah! É ótima. Maravilhosa! Gente boa, fraterna...
Fiz lá muitos amigos. Só a deixei por imperativos da profissão.
Pois bem, meu filho. Esta cidade é exatamente
igual. Vai gostar daqui.
O forasteiro agradeceu e
partiu.
Minutos depois apareceu outro
motorista e também se dirigiu ao ancião:
Estou chegando para morar aqui. O que me diz do
lugar?
O ancião lançou lhe a mesma
pergunta:
Como é a cidade de onde vem?
Horrível! Povo orgulhoso, cheio de preconceitos,
arrogante! Não fiz um único amigo naquele lugar horroroso!
Sinto muito, meu filho, pois aqui você encontrará o
mesmo ambiente...
Reflexão
Todos veem no mundo e nas pessoas algo do que somos,
do que pensamos de nossa maneira de ser.
Se formos nervosos, agressivos ou pessimistas, veremos
tudo pela ótica de nossas tendências, imaginando conviver com gente assim.
Em outras palavras, o mundo
tem a cor que lhe damos através das nossas lentes.
Se nossas lentes estão
escurecidas pelo pessimismo, tudo à nossa volta nos parecerá escuro. Tudo, para
nós, parecerá constantemente envolto em trevas.
Se nossas lentes estão
turvadas pelo desânimo, o Universo que nos rodeia se apresenta desesperador.
Mas, se ao contrário, nossas
lentes estão clarificadas pelo otimismo, sentiremos que em todas as situações
há aspectos positivos.
Se o entusiasmo é o detergente
das nossas lentes, perceberemos a vida em variados matizes de luzes e cores.
A cor do mundo, portanto,
depende da nossa ótica. O exterior estará sempre refletindo o que levamos no interior.
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