etnomatemática
A etnomatemática surgiu
na década de 1970, com base em críticas sociais
acerca do ensino tradicional da matemática, como a análise das práticas matemáticas em
seus diferentes contextos culturais. Mais adiante, o conceito passou a designar
as diferenças culturais nas diferentes formas de conhecimento.
Pode ser entendida como um programa interdisciplinar que engloba as ciências da cognição,
da epistemologia, da história,
da sociologia e
da difusão.
A palavra foi cunhada da
junção dos termos techné, mátema e etno.
Segundo Ubiratan D'Ambrósio o Programa
Etnomatemática "tem seu comportamento alimentado pela aquisição de
conhecimento, de fazer(es) e de saber(es) que lhes permitam sobreviver e
transcender, através de maneiras, de modos, de técnicas, de artes (techné ou
'ticas') de explicar, de conhecer, de entender, de lidar com, de conviver com (mátema)
a realidade natural e sociocultural (etno) na qual ele, homem, está
inserido."1
Tomando o campo da matemática
como exemplo, numa perspectiva etnomatemática, o ensino deste ganha contornos e
estratégias específicas, peculiares ao campo perceptual dos sujeitos aos quais
se dirige. A matemática vivenciada pelos meninos em situação de rua, a
matemática desenvolvida em classes do ensino
supletivo, a geometria na cultura
indígena, são completamente distintas entre si em função do contexto
cultural e social na qual estão inseridas.
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